quarta-feira, 17 de julho de 2013

4 Estações
(Ricardo Athayde/ Marcelo Piancó)

A Primavera atravessa a janela
Flor do cajueiro aroma natural
No meu nariz a abelha faz a festa
Trazendo cheiro doce azedo sem igual
Verão agora eu armando a baladeira

Vejo um sibito habitando um galho torto
Pequeno magro bico afoito e pinicado
Caju bicado passarinho quase morto

Outono folha cai água no rosto
Desgosto, chuva branda, solidão
É muito doce chupar fruta sem caroço
Dá alvoroço e um travor no coração

A invernia chega e apaga o quente
Menino esquece feito raio e trovão
Eu na espera de viver tudo de novo

Ninho tem ovo "passarim" num mato não


Outono folha cai água no rosto
Desgosto, chuva branda, solidão
É muito doce chupar fruta sem caroço
Dá alvoroço e um travor no coração

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Pura poesia!

Dois poetas, dois profetas
Onde o talento reside
No brilho de Ivanildo
Que sobre Ricardo incide
Mora numa Vila Nova
E atende por Atahyde

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Rua d'Aurora

Composição: Ricardo Athayde e Adilson Medeiros

sábado, 9 de outubro de 2010

O LAÇO E O ABRAÇO!

(Mário Quintana)

Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o
laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de
braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,
em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço
afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum
pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Barquinhos de Tambaú


Música ( Ricardo Athayde / Adilson Medeiros)
Voz: Adilson Medeiros

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sobe e desce das ondas do mar!


PEÇO AO GARÇON MAIS UM UÍSQUE, PARA EU ADIMIRAR OS BARCOS DE TAMBAÚ

POIS A BELEZA REINA POR TODO LUGAR,

NOITE CLARA, SENTADO EM UM BOTECO DA ORLA MARINHA,

FICA NA MINHA CABEÇA O BARULHO RITIMADO DAS ONDAS DO MAR.

FICO A ADIMIRALOS, SÃO LINDOS DE UMA BELEZA SEM IGUAL,

DE TODAS AS CORES, PANO DE VELA SÓ SE O MOTOR QUEBRAR,

SEMPRE SEGUINDO O BALANÇO DAS ONDAS MARINHAS,

NÃO PERDEM, NUNCA O SOBE E DESCE DAS ONDAS DO MAR.

SÃO PEDRO, SÃO SEBASTIÃO, SÃO PAULO E SÃO JUDAS TADEU,

BATIZAM OS BARCOS COM NOME DE SANTO PRA PROTEÇÃO NO ALÉM-MAR,

NUNCA PODERIA ESQUECER A IEMANJÁ, RAINHA DOS MARES,

PESCADORES, HÉROIS E INGENUOS, GRANDES HOMENS DO MAR,

COM O RITMO CADENCIADO DOS BARCOS E ONDAS, OLHANDO O CÉU ESTRELADO,

SIMPLESMENTE EU AO “CAMINHO DE CASA” POR BAIXO DE UMA GAMELEIRA,

A NEGRITUDE DA NOITE COM O VENTO AGRADAVEL QUE BRINDAM TODA ORLA,

SEMPRE ME VEM CABEÇA O BARULHO AGRESSIVO NA MURETA, DAS ONDAS DO MAR.

AOS REGENTES PEÇO! A TODOS OS SANTOS E A JESUS,

A QUEM TENHA O DIREITO DE MUDAR,

PRÁ EU CHEGAR A MINHA CASINHA, NÃO APAGEM ESTA AQUARELA,

COM FUNDO MUSICAL DAS PANCADAS DAS ONDAS DO MAR

JOÃO PESSOA, 23 DE MAIO DE 2010
(Sugestão: Leia o poema também da última frase para a primeira que continua com o mesmo sentido)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

PRECISA-SE DE UM AMIGO!


Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimentos.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem imprescindível, que seja de segunda mão.
Não é preciso que seja puro, ou todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Pode já ter sido enganado ( todos os amigos são enganados).
Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar aquelas que não puderam nascer.
Deve amar o próximo e respeitar a dor que todos levam consigo.
Tem que gostar de poesia, dos pássaros, do por do sol e do canto dos ventos.
E seu principal objetivo de ser o de ser amigo.
Precisa-se de um amigo que faça a vida valer a pena, não porque a vida é bela, mas por já se ter um amigo.
Precisa-se de um amigo que nos bata no ombro, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo.
Precisa-se de um amigo para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Carlos Drummond de Andrade